terça-feira, 3 de setembro de 2013

O terror de quem pedala: a chuva

Dia 9 - Vale pedalar na chuva? Vai que dá!


Eaí, vai encarar a chuva? Eu gosto de pensar que se uma nadadora de 64 anos de idade consegue uma façanha inédita de atravessar o mar de Cuba até a Flórida, num percurso de 166km sem gaiola contra tubarões (verdade), não vai ser a chuva que vai me impedir, vai?

Mas cada um é cada um. Obviamente não existe necessidade de enfrentar a chuva à toa, somente por um feito heroico diário. Na chuva tudo se complica, os trens ficam mais lotados, o metrô trafega com velocidade reduzida, os ônibus não saem do lugar, o trânsito fica descomunal e assim por diante. Bom, com a bicicleta não seria diferente, a não ser o fato de não ter que passar por nada disso! Ir quentinho, no conforto do carro, não tem igual, mas nada como chegar cedo no trabalho e em casa!

Um dos pesadelos de quem pedala com certeza é a chuva, e os problemas vão do desconforto ao perigo. A melhor maneira de enfrentar tudo isso é se programar. Sempre procure olhar a previsão do tempo em relação ao dia seguinte, esse é o primeiro ponto. Esperar pelo pior é sempre a melhor maneira de driblar os problemas, e isso serve para toda a vida, afinal de contas, pedalar é opcional, não uma obrigação.

Alguns ciclistas utilizam capas de chuvas e roupas especiais, outros utilizam as roupas normais. Particularmente acredito que a capa de chuva não seja confortável e os resultados tão pouco excepcionais. Com toda certeza, a utilização do bagageiro e um alforje impermeável fazem a diferença, pois é possível transportar roupas limpas e secas do começo ao final do trajeto, independentemente da intensidade da chuva.

Mas o fato de se molhar não é o grande problema, e sim, a segurança. As ruas ficam mais escorregadias, os carros com menor visibilidade, as chances de um pneu furar são maiores, e os reflexos do ciclista são menores. Quanto a esse problema, o equipamento será o seu maior aliado. Uma boa bicicleta, com um bom sistema de freios, uma sinalização de luzes eficiente e um pneu adequado reduzem as chances de qualquer ocorrência. Aliás, o pneu com certeza será o seu maior aliado. Quanto maior a aderência e melhor o desenho dos sulcos, menor a chance de escorregar. Os pneus de ciclocross (35 com sulcos) ou os pneus 38 (mais populares no brasil para aros 27) são os mais recomendados. Pneus 28 e 23 escorregam facilmente em um asfalto molhado. Para as bicicletas aro 26, pneus 1.5 são os mais recomendados. Evite também as curvas muito fechadas e mudanças de direção repentina. Faça tudo com antecedência, principalmente a frenagem. Vale tudo para não escorregar!

Como sempre, a regra para a segurança da pedalada é "devagar e sempre". Funciona!

Vale lembrar também que a lubrificação da bicicleta, após a utilização na chuva, será prejudicada e será necessário realizar uma limpeza e manutenção da graxa (ou óleo). A sujeira também será uma grande inimiga para a durabilidade da bike. Na chuva, os granulados de poeira e sujeira são facilmente transmitidos para as articulações, engrenagens, correntes e transmissão

Portanto, segurança sempre em primeiro lugar. Luzes, refletores, pneus adequados, e uma pedalada em ritmo moderado podem lhe salvar de um risco desnecessário.


Notas e informações relevantes


Definitivamente considerar um pneu 35 ou 38 para o projeto. Mais uma validação de que o bagageiro para o suporte de alforjes é extremamente importante para quem pedala na cidade.


Fotos











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